sábado, 17 de novembro de 2007

Bate no peito feito locomotiva
desembestado, cuspindo fogo
sempre quente, sempre viva
subjugado rendeu-se logo.

Saudade queima, incandescente
é de vapor o verso meu
que faz correr sobre o dormente
meu querer por sobre o teu.

Ah! Pára essa férrea composição
que de ferrovia tenho nada.
Quero forte! Quero tão!
Estar contigo! Tal e qual!
Passear na chuva - mãos trançadas
sentindo o cheiro de natal.

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